sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

"E HOJE EM DIA, COMO É QUE SE DIZ EU TE AMO?"

Há algo de errado com o mundo? Ou será que há algo de errado comigo?
Ainda haverá no mundo quem busque uma ajuda adequada? Serei eu uma ajuda adequada?
No Gênesis, Deus disse: "Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada" (Gn 2,18).
Haverá alguém no mundo que sinta falta de um verdadeiro companheirismo, de um amor comprometido?
Quantos neste mundo contemplam a beleza de um abraço? Quantos, a beleza de um olhar que muitas vezes diz mais que mil palavras?
Sinto que o mundo padece de uma carência de segurança! Ainda temos sede do verdadeiramente bom, do verdadeiramente belo e do verdadeiramente verdadeiro! Vejo que a grande maioria já desistiu desta busca e não por acaso! Não é fácil vencer os abismos das frustrações, do egoísmo, das feridas e da barbárie que o mundo apresenta! Só Deus nos leva além!
Será que amo de maneira suficientemente madura para ser uma ajuda adequada, um Ezer, para alguém?
É triste constatar que o mundo só aceita as belezas padronizadas! Frustrante perceber que, mesmo nos meios de maior consciência, as pessoas só querem as "bondades" padronizadas e as verdades ordinárias!
Haverá lugar neste mundo aos que não gostam de forró, aos que não tomam bebida alcólica, aos que não buscam conquistas baratas, para os que não gostam de agitação, para os que buscam a castidade e para aqueles que não sabem dos últimos códigos sociais?
Mais uma vez não tenho respostas!

O QUE SERÁ? O QUE SERÁ?

Como saber se uma decisão tomada é a mais acertada?
É bem certo que, na maioria das vezes, decisões tomadas impulsivamente não são as mais acertadas. Muitas destas poderão ser desastrosas!
Mas o que dizer das decisões tomadas após muito pensar e cercada de vários fatores que a justificam?
O que dizer quando esta opção é a solidão, justificada por uma série de fatores?
Penso que as decisões, as escolhas têm sempre um momento de prova antes, durante e depois. E esta é a prova do "desconhecido", do porvir...
Será que os que se põem no lugar do outro que foi deixado para trás não sofrem mais?!
O que fazer com a sensação de pequenez diante da imensidão dos mistérios da vida?
Hoje não tenho repostas para refletir convosco meus amigos! Proponho-lhes questões!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A BOCA DÁ EM UM BEIJO DAQUILO QUE O CORAÇÃO ESTÁ CHEIO

Deus tudo criou para o seu louvor!
Nosso corpo também foi criado para o lovor de Deus! Mesmo o que nem imaginemos que possa dar louvor a Deus foi criado para render-lhe graças!
Na contra mão de Deus, o hedonismo (a busca do prazer pelo prazer), esvazia de sentido certos gestos corpóreos que, não sendo o fim a ser alcançado, foram transformados em metas.
Um violão não é a música, mas o meio,o canal, para se emitir, para se expressar a música.
E antes de ser tocada, a música, no coração do compositor, é contemplada, vivida, sentida, refletida e aprofundada enquanto experiência.
Uma canção, no coração de um compositor que atingiu a maturidade, nasce de algo que lhe toca, que lhe desinstala de si. O tema da canção apaixona e atrai.
Em seguida, o que compõe, aproxima-se do que lhe atraiu para conhecer pela contemplação.Esta gerará em seu coração a melodia que é o ápice de toda uma vivência comprometida e feliz.
Quantos de nós fez dos beijos que recebeu um meio de expressar amor? Eles foram verdadeira melodia ou fogo de palha?
Será que os beijos que entregamos e os que recebemos foram descartáveis como músicas que fazem muito sucesso até enjoar; e partirmos à busca de outros mais interessantes?
Quantos de nós podemos dizer que já expressamos um novo e mais comprometido amor atrvés de um beijo com uma única, amada e eleita pessoa?
O que será mais desafiante? Beijar de maneira descartável ou de maneira marcante, comprometida e no ápice de um verdadeiro amor?
"A boca fala daquilo que o coração está cheio!" Eu diria também: A boca dá em um beijo daquilo que o coração está cheio.
É certo que amar é virtude que se exercita. Mas será correto fazer da imperfeição razão para não buscar a perfeição ou para desistir?
Creiamos no amor. O amor ainda existe!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

QUISERAS OU QUIMERAS?

Engraçado este tempo de inverno. Eu o chamo de o tempo do quisera!
Quisera estar agora em Viçosa do Ceará tomando um bom chocolate quente!
Quisera estar agora está agora em um Chalé ouvindo uma boa música italiana e tomando um bom vinho.
Seria bom estar na Varanda do Chalé assitindo a uma chuva calminha caindo.
Quisera ter uma companheira ou mesmo amigos bons para dividir tudo isso; e sorrir com eles!
Seria bom conversar sem a preocupação com o passar do tempo e adormecer com os doces olhos pesados de sono!
Seria bom se este sono fosse um doce abandono, um flutuar despreocupado...
Para acordar e contemplar um dia que pouco a pouco fosse se revelando em meio às névoas!
Mas tudo isto serão "quiseras" ou quimeras?
Não sei! Só sei que sonhar faz as coisas, que se deseja, preciosas!

OS PORQUÊS ME BATEM Á PORTA QUANDO CHOVE E FAZ FRIO!

A vida é bonita por diversas razões!Escolho uma (ou talvez várias): as questões sem respostas!
Aprendi certa vez que os Mistérios assim o são porque, por mais que encontremos respostas satisfatórias, estas nunca darão conta de nos fazer conhecer o todo.
Deus é mistério e por isso mesmo sempre novo e, mais do que isso, ETERNO!
Sempre que chove, a memória me traz à tona os "porquês sem resposta" de minha vida!
Alguns ainda não tento responder. A outros dou a mesma resposta. Mas, alguns deles, por mais que eu fuja, sempre me "batem à porta" pedindo resposta, me afetando.
Volta e meia me entristeço. Quase sempre me encanto!
Estes porquês persistentes sempre me trazem um desafio do qual fugi, mostram uma parte de mim que ainda não quis tocar e que sou um ser necessitado e não um quase - deus.
Diante deles sempre há o desafio: entender ou contemplar?
Aos porquês que me vieram hoje bater á porta atendo com contemplação. Sou pequeno demais para respondê-los!

sábado, 14 de janeiro de 2012

FASE DE DEUS, DEUS DAS FASES OU DEUS DA MINHA HISTÓRIA?


Não é raro encontrar nas curvas da vida alguém com quem já tenhamos vivido fortes experiências de Deus e com Deus.
Tampouco somenos raro é ouvirmos alguns destes saudosos e queridos irmãos dizerem: "tempo bom aquele, não era?"
Quando ouço este suspiro saudoso experimento dentro de mim: um alerta que me questiona a qualidade de minha caminhada de fé, uma alegria por saber que a marca do amor de Deus na vida daquele irmão não se apagou e uma tristeza por constatar que muitas vezes caímos na tentação de tomar Deus por um sentimento bom que experimentamos ou de definir Deus como uma fase boa que vivemos e ultrapassamos para cuidar " de coisas mais sérias da vida"!
Deixo logo a princípio muito claro que, se continuei e continuo,o fiz por pura misericórdia divina que acolhe meus míseros 'sim', que nem se comparam aos da perfeita entrega de Jesus; muito embora corra o risco de 'estando de pé vir a cair'!
Porque Deus tem que ser um amor passageiro em nossas vidas? Deus é eterno! Nele estão todas as fases da vida e sua eternidade as ultrapassa.
Jesus Cristo deveria ser em nossas vidas o que é: a Eterna Boa Nova, o Emanuel (Deus comigo, Deus conosco, Deus em mim, Deus em nós!).
Jesus é o Deus de nossa história. Se cada um de nós relesse a sua história sempre, lá encontraria a Jesus!
Se a vida deu um giro de 180º e fomos aprovados em uma faculdade que dizemos não nos deixar tempo para nos dedicarmos mais à oração pessoal, à missão e ao convívio fraterno, então esquecemos atualizar nossa fé, ou seja, nossa resposta de amor a Deus: " Vinho novo em odres novos"!
Porque o Deus daquela bonita experiência de amor agora não pode ser o Deus - amor na minha fase de universitário, de pai, de mãe, de trabalhador, etc e etc?
Viver de e no passado não vai saciar nosso coração que "assim como a corsa busca por águas novas". O mesmo Deus que nos surpreendeu a muitos anos atrás naquela fase boa ainda é capaz de nos surpreender agora!

DO VELHO NASCERÁ O NOVO


Todo princípio tem suas flores. Nada em princípio parece ser difícil! E assim mesmo deve ser!
Tudo neste mundo tem suas etapas. Até as reações químicas precisam de um certo impulso para acontecer ás vezes.
Penso que a beleza de um caminho está nas suas diferentes etapas.
Desde que o pecado entrou no mundo o ser humano tem uma tendência a querer permanecer em certos trechos do caminho onde a vista lhe parece ser a mais bela de todas, onde a fonte d'água que dá remanso parece ser a mais refrescante e onde a sombra parece ser aquela que mais abrigo dá.
Quando damos ouvidos a esta tentação somos levados a esquecer que resta-nos ainda muito caminho, que muitas belezas ainda podem ser descobertas e construidas, que muitos e bons encontros ainda podem ocorrer, que muitos e novos aprendizados poderão ser propiciados, que o caminho deve ser aperfeiçoado para quem vem atrás de nós, que podemos reanimar a alguns que ficaram à margem do caminho e, sobretudo, que a nossa meta é o Céu.
Quanto mais antiga vai sendo a nossa jornada, muito maior vai sendo o saco que carregamos cheio de coisas velhas: vícios, maus hábitos, egoísmos, indisciplinas, autocomiseração, pessimismo, achismos, negativismos...
Outra grande exigência de um verdadeiro caminho é ir envelhecendo cronologicamente tendo uma alma nova a cada instante.
O caminheiro velho cai muitas vezes na tentação de achar que "já viu de tudo neste mundo" e corre o risco de envelhecer antes do tempo certo ou pior, de não envelhecer mas de perder-se achando que as possibilidades se esgotaram.
Quantos clamam por milagres quando nem sequer empreenderam o desafio de perceber que certos "impossíveis" na verdade são possíveis!
Pobres caminheiros somos nesta hora! Trazemos verdaeiras minas dentro do saco de coisas velhas:
Onde abundam os vícios, Deus quer fazer superabundar as virtudes!
Onde grassam os maus hábitos, com a colaboração do homem, o Espírito quer fazer reinar os bons costumes e a disciplina!
Deus quer romper o visgo da autocomiseração de nossos pés para qu e não só caminhemos mas voemos ao seu encontro e descubramos o quanto somos cheios de sua dignidade.
Não nascemos para a tristeza, para a cegueira do pessimismo, mas para a vitória!